domingo, 26 de julho de 2009

Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização Inicial na Escola: Perspectiva Sociolingüística




Autor: Erick Jacobson

Na introdução do texto o autor começa fazendo um crítica aos profissionais da educação, eles necessitariam que os professores pudessem melhor se qualificar para aprender a receber o que os aluno trazem para sala de aula como conhecimento. Não é simplesmente chegar desconstruindo toda uma bagagem e sim fazem proveito desse conteúdo. Cada vez que os meninos e meninas utilizam do aprendizado com os pais vão construindo o seu próprio lugar no mundo da leitura e escrita.

O meio em que a criança vive está diretamente influenciada com relação as questões que a escola usa como práticas letradas, que é aquele primeiro contato com a leitura a de imagem; se a criança cresce em um ambiente em que a escola não perpassa por questões sociais ou religiosas essa criança terá uma dificuldade nessas prática letradas que é o ponto inicial na alfabetização. Se os professores não reconhecem, nem apóiam as habilidades dos meninos e meninas trazem para aprender novas práticas letradas, desvalorizando totalmente suas comunidades de onde os provêm, essa escola então será considerada problemática para os alunos e não os alunos serão problemáticos para a escola segundo o autor.

A relação entre o uso da linguagem oral e a alfabetização inicial é apresentada com três aspectos diferentes como exemplo entre os usos: 1) Examina a opção lingüística escolhida para a leitura e a escrita; cada criança chega com suas experiência nas comunidades, já na escola o contexto multilíngües faz a diferença entre a língua materna que se inicia na família e a linguagem da escola para alfabetização que pode se bem problemática. 2) Variações na estrutura participante de atividades de leitura e escrita; nas comunidades esse ato se dá mais como um processo grupal, pois a leitura e a escrita são parecidas com a forma que se fala. 3) Como construir uma história ou um texto; essa forma muitas das vezes são implícitas, dificultando o desenvolvimento dos alunos que não compartilha da mesma realidade da escola.

Quando a língua da casa não é a mesma que a da escola, é necessário realizar difíceis negociações. O texto cita o exemplo que nos Estados Unidos existem programas de educação bilíngüe, serve para os imigrantes matricularem seus filhos em uma escola que ensina a língua materna para que a partir daí possa ser trabalhado o inglês. Levando em consideração ao nosso País em que temos uma língua oficial e vários dialetos dessa mesma língua que pode ser identificada através das regiões em que nosso país é dividido; também poderia ter esse programa de adaptação, mas, regional, apesar de termos uma língua oficial à mesma educação que se dá no sul do país é diferente da do norte, que é diferente da do sudeste assim vai. Poderíamos assim harmonizar o nosso português que é bem mesclado pelas regiões.

Os Estados Unidos tem uma estrutura participante do processo de alfabetização, segundo o autor o professor dá a palavra, assinalando quem tem que falar e se espera que eles levantem a mão para que sejam indicados. Essa estrutura participante é muito freqüente e se encontra tão arraigada, que muitos estudantes e professores a descrevem como forma natural de ensinar leitura e escrita. Devemos ficar mais atentos ao tipo de colaboração que se pratica e valorizar também. Esse método o Brasil talvez não fizesse sucesso, pois, a educação ainda está em processo de transformação e esse método corresponde ao contrário do sistema que está tentando ser implantado, pois o método atual visa dar uma assistência maior ao aluno que não consegue acompanhar os demais, já o método americano supõe-se que todos os alunos possam ser de igual a igual no parâmetro daquele conteúdo.

Para poder construir histórias e textos os meninos e menisa devem dominar um número de registros escritos. Por essa razão, a leitura de contos é a prática alfabetizadora do lar que se percebe como mais relacionadas com o êxito dos meninos e meninas na posterior tarefa de aprender a ler e escrever. Quando escutam ou leêm um conto em casa, eles estão praticando com os tipos de textos que lerão e produzirão das aulas de educação infantil em diante. Baseada nessa informações que o autor pensa que além os problemas cognitivos ou de desenvolvimento que são diagnosticadas nas escolas estão cada vez mais atreladas as estruturas escolares que não se oportunam das expectativas que trazem das suas experências que antecedem a de sua vida de estudante.

É importante que a escola não trate os meninos e meninas que provêm de ambientes sociolingüísticos diferentes como deficientes, como se lhes faltassem os recursos básicos necessário para a educação. Por mais que sejam verdade que algumas crianças que vem de uma família de analfabetos apresentem problemas no processo escolar, os professores, pois, deveriam construir pontes entre ambas as formas de usar a linguagem.

Em vez de se centrar unicamente naquilo que lhes falta na alfabetização, deveríamos pensar em quais são seus pontos fortes, inclusive quando esses pontos fortes não são os que têm sido valorizados tradicionalmente no ambiente escolar. Para o autor os professores e as professoras e as escolas precisam educa-se a si mesmos em relação a seus estudantes para criar estruturas de gestão da aula culturalmente sensíveis. Concordo com essa concepção, pois, se fosse aceitável que as famílias também pudessem ser responsáveis diretos na alfabetização dos alunos, havería uma troca mais rica e trabalhosa da concretização desse projeto, talvez seja feito de forma mais rápida e prazerosa do que só sobrecarregando uma instituição.

O autor apresenta algumas propostas dirigidas aos professores de educação infantil:

O ensino da leitura e da escrita deveria partir do uso da linguagem em casa, alfabetização inicial deveria apoiar a exploração da linguagem, as classes de leitura e escrita deveriam incluir instrução específica para os alunos que a necessitem, os professores deveriam considerar a relação entre a alfabetização e outras práticas sociais.

Todas essas propostas são válidas para construir uma escola construtivista em que os pais e alunos possam estar presentes na ação alfabetizadora auxiliando e contribuindo cada vez mais com suas especificidades; fazer com que os alunos com dificuldades possam alcançar o colega mais avançado, dando uma atenção especial, um complemento de reforço, podendo assim ajudar indivídualmente sem constrangimentos; e fazer relação com a sociedade através da alfabetização fazendo com os meninos e meninas possam conhecer novos mundos, novas possibilidades para que sozinhos possam construir uma fomação crítica, para uma sociedade diversificada.









Um comentário:

  1. li com prazer suas informações. Mas, garanto-lhe que o sistema de educação brasileiro não precisa ser comparado. Ele próprio é baseado em políticas internacionais de educação em massa. Pois bem, a criança em si é dotada de memória, a qual, torna a experiencia dela em hábitos visíveis. Book: The Magical Number Seven, Plus or Minus Two. (George Miller)

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